sexta-feira, 26 de julho de 2013

BRAILLE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
 
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
 
 
GRAFIA BRAILLE PARA A LÍNGUA PORTUGUESA
Aprovada pela portaria n.º 2.678 de 24/09/2003
 
 
Presidente da República Federativa do Brasil
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
 
Ministério da Educação
PAULO RENATO SOUZA
 
Secretária Executiva
MARIA HELENA GUIMARÃES
 
Secretária de Educação Especial
MARILENE RIBEIRO DOS SANTOS
 
GRAFIA BRAILLE PARA A LÍNGUA
PORTUGUESA
Aprovada pela portaria n.º 2.678 de 24/09/2002
 
Ministério da Educação
Esplanada dos Ministérios, Bloco L, 6º andar, sala 600
CEP 70047-901 - Brasília - DF
Fones (61) 410-8651 - 410-8188
Fax (61) 410-9265
 
BRASIL. Ministério da Educação.
 
Grafia Braille para a Língua Portuguesa/ Secretaria de Educação
 
Especial - Brasília: MEC; SEESP, 2002. 93p.
 
1. Educação Especial. 2. Grafia Braille para a Língua
 
Portuguesa.
 
3. Braille. I. Título.
CDU 376.352
 
PORTARIA Nº 2.678 DE 24 DE SETEMBRO DE 2002
 
O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições e considerando o interesse do Governo Federal em adotar para todo o País, uma política de diretrizes e normas para o uso, o ensino, a produção e a difusão do Sistema Braille em todas as suas modalidades de aplicação, compreendendo especialmente A Língua Portuguesa; considerando a permanente evolução técnico-científica  que passa a exigir sistemática avaliação e atualização dos códigos e simbologia Braille, adotados nos Países de Língua Portuguesa com o objetivo de mantê-los verdadeiramente representativos da escrita comum; considerando os resultados dos trabalhos técnicos e das ações desenvolvidas pela Comissão Brasileira do Braille, em cumprimento ao que dispõem os incisos II, III, V, VI, VII, IX e do Art. 3º da Portaria 319, de 26 de fevereiro de 1999, que institui no Ministério da Educação, vinculada à Área de Uso e Modalidades de Aplicação do Sistema Braille na Língua Portuguesa, firmando em Lisboa, em 25 de maio de 2000, resolve: 
 
Art. 1º Aprovar o projeto de Grafia Braille para a Língua Portuguesa e recomendar o seu uso em todo o território nacional, na forma da publicação Classificação Decimal Universal - CDU 376.352 DESTE Ministério, a partir de 01 de janeiro de 2003.
 
Art. 2º Colocar em vigência, por meio de seu órgão competente, a Secretaria de Educação Especial - SEESP, as disposições  administrativas necessárias para dar cumprimento à presente Portaria, especialmente no que concerne à difusão e à preparação de recursos humanos com vistas à implantação da Grafia Braille para a Língua Portuguesa em todo o território nacional.
 
Art. 3º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.
 
PAULO RENATO SOUZA
 
APRESENTAÇÃO
 
O Sistema Braille foi adotado no Brasil, a partir de 1854, com a criação do Imperial dos Meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constant. Esse inventado por Louis Braille, em 1825, foi utilizado em nosso país, na sua forma original, até a década de 40 do século XIX.
A reforma ortográfica da Língua Portuguesa, ocorrida à época, impôs algumas modificações no BRASIL, E DE ORIGEM FRANCESA, aqui utilizado.
Pela ausência de uma definição governamental, as alterações no Sistema Braille, posteriormente ocorridas, ficaram a mercê dos esforços de professores, técnicos especializados e de instituições ligadas à educação de cegos e à produção de livros em Braille, que procuraram manter o sistema acessível e atualizado até a ultima década do século XIX.
Com a publicação da Grafia Braille para a Língua Portuguesa, o Ministério da Educação, além de reafirmar o compromisso com a formação intelectual, profissional e cultural do cidadão cego brasileiro, contribuirá significativamente para a unificação da grafia Braille nos países de língua portuguesa, conforme recomendação da União Mundial de Cegos - UMC e UNESCO.
Este documento é produto de um trabalho criterioso desenvolvido conjuntamente pelas Comissões de Braille do Brasil e de Portugal desde 1996, hoje com amparo legal no Protocolo de Colaboração Brasil/Portugal nas Áreas de Uso e Mobilidade de Aplicação do Sistema Braille, firmado em Lisboa no dia 25 de maio de 2000.
Trata-se de um documento normatizador e de consulta, destinado especialmente a professores, transcritores, revisores e usuários do Sistema Braille.
As edições da Grafia Braille para a Língua Portuguesa no Brasil e em Portugal, em tinta e em Braille, beneficiarão, certamente, todas as pessoas cegas dos países de língua oficial portuguesa ( PALOPS ), parcela de um contingente populacional de cerca de 215 milhões de pessoas.
Esperamos que esta publicação venha a atingir seus objetivos, permitindo que os educandos cegos tenham acesso aos componentes curriculares e que os profissionais da área sintam-se preparados para atender, com qualidade, os usuários do Sistema Braille.
 
MARILENE RIBEIRO DOS SANTOS
Secretária de Educação Especial - MEC
 
PREFÁCIO
 
PREFÁCIO À EDIÇÃO BRASILEIRA DA GRAFIA BRAILLE PARA A LÍNGUA PORTUGUESA -
BRAILLE INTEGRAL
 
A Grafia Braille para a Língua Portuguesa - Braille Integral é um documento normalizador e de consulta destinado especialmente a professores , transcritores,revisores e outros profissionais, bem como a usuários do Sistema Braille. Este documento é fruto de um criterioso trabalho desenvolvido conjuntamente pela Comissão Brasileira do Braille e pela Comissão de Braille de Portugal ao longo de TRÊS ANOS.
Além de símbolos e um conjunto de normas para a aplicação de toda essa simbologia. Exemplos variados ilustram a Grafia e fornecem aos profissionais e usuários as informações complementares sobre o emprego adequado dos símbolos.
As alterações e a adoção de novos símbolos basearam-se principalmente nos seguintes critérios:
Ajustar a grafia básica à nova realidade da representação Braille.
 Favorecer o intercâmbio entre pessoas cegas e instituições de diferentes países.
Adequar a escrita Braille às modificações realizadas nas representações gráficas decorrentes do avanço científico e tecnológico e do emprego cada vez mais freqüentes da Informática.
4. Atender às recomendações da União Mundial de Cegos ( UMC ) e da UNESCO quanto à unificação das grafias por grupos lingüísticos.
Evitar a duplicidade de representação de símbolos braille. Ajustar a grafia básica, considerando o Código Matemático Unificado ( CMU ), adotado no Brasil desde 1997.
Garantir a qualidade da transcrição de textos para  o Sistema Braille, especialmente dos livros didáticos.
Ao uniformizar a grafia básica, a Comissão Brasileira do Braille e a Comissão de Braille de Portugal consideram as diversidade culturais e as legislações vigentes em seus respectivos países.
O principal objetivo dos técnicos que elaboram este documento foi permitir que o Sistema Braille continue sendo o instrumento fundamental na educação, reabilitação e profissionalização das pessoas cegas.
 
COMISSÃO Brasileira do Braille
 
INTRODUÇÃO
 
A Grafia Braille da Língua Portuguesa consiste no conjunto do material signográfico e das instruções/recomendações orientadoras da sua utilização na escrita. O Conhecimento completo do respectivo código e a sua correta utilização devem constituir um objetivo permanente para todos, porque a boa qualidade gráfica dos textos exerce nos leitores uma saudável influência educativa, facilitando a assimilação de padrões propiciadores da melhoria do nível de desempenho, quer na leitura, quer na escrita.
A matéria desta Grafia está exposta em três capítulos, que compreende 56
parágrafos, e em quatro apêndices.
O primeiro capítulo, "Sistema Braille", integra 7 parágrafos. Neles se define e apresenta este Sistema, assim se procede à sua caracterização.
O segundo capítulo "O Código Braille na Grafia da Língua Portuguesa", se estende do parágrafo 8 ao 44 e compreendem as seguintes partes:
"Valor dos Sinais": inclui apenas o parágrafo 8, em que se apresentam os quadros do material signográfico.
"Observações e Normas de Aplicação": estende-se do parágrafo 9 ao 42 e incorpora as regras que enquadram o emprego dos sinais constantes dos quadros apresentados no parágrafo 8.
Alguns diacríticos necessários à escrita de palavra em outras línguas e na própria Língua Portuguesa: parágrafo 43.
Recomendações sobre a criação de sinais não previstos nesta Grafia: parágrafo 44.
O terceiro capítulo, "Disposição do Texto Braille", expõe, do parágrafo 45 ao 56, as normas sobre esta matéria. Vários exemplos ajudam a interpretar as normas e ilustram a sua aplicação.
Quatro apêndices completam esta publicação:
 
Apêndice 1: inclui um conjunto de símbolos e de regras referentes à escrita em contexto informático.
 
Apêndice 2: nele figuram conjuntos de símbolos Braille empregados em alemão, dinamarquês, espanhol, francês, inglês, italiano, latin e sueco, não coincidentes com os portugueses ou inexistentes na Língua Portuguesa.
 
Apêndice 3: nele se encontram os alfabetos gregos, hebraicos e russos ou
cirílicos moderno.
 
Apêndice 4: apresenta alguns sinais convencionais usados em esperanto e em outras línguas.
 
Esta publicação apresenta, ainda, um Índice Geral de Assuntos.
 
CAPÍTULO I
 
Sistema Braille
 
 
 
1.  O sistema de escrita em relevo conhecido pelo nome de "Braille" é
constituído por 63 sinais formados por pontos a partir do conjunto matricial é ( 123456 ). Este conjunto de 6 pontos chama-se, por isso, sinal fundamental.
espaço por ele ocupado, ou qualquer sinal, denomina-se cela braille ou célula braille e, quando vazio, é também considerado por alguns especialistas como um sinal, passando assim o Sistema a ser composto com 64 sinais.
 
2.  Para facilmente se identificarem e se estabelecer exatamente a sua posição relativa, os pontos são numerados de cima para baixo e da esquerda para a direita. Os três pontos que formam a coluna ou fila vertical esquerda,?L??têm os números 1,2,3; aos que compõem a coluna ou fila vertical direita,?|??cabem os números 4,5,6.
 
Os números dos pontos dos sinais braille escrevem-se consecutivamente, com o sinal de número apenas antes do primeiro ponto de cada cela.
 
EXEMPLOS:
 
p ( 1, 2, 3, 4 )                 ô ( 1, 4, 5, 6 )
ü ( 1, 2, 5, 6 )                 t ( 2, 3, 4, 5 )
 
ê ( 1, 2, 6 )                    ã  ( 3, 4, 5 )
 
o ( 1, 3, 5 )                    õ  ( 2, 4, 6 )
 
 â ( 1, 6 )                      í  ( 3, 4 )
 
g ( 1, 2, 4, 5 )                 i  ( 2, 4 )
 
x ( 1, 3, 4, 6 )
 
2.1  Dois ou mais sinais braille consecutivos são identificados por numerais, precedidos, cada um, pelo respectivo sinal de números, sem espaços.
 
Exemplos:
 
pai (  1, 2, 3, 4  e  1, 2, 4 )
 
A ( 4, 6  e  1 )
 
2.2  Uma cela vazia é identificada pelo numeral zero.
 
EXEMPLOS:
 
 sinal de igualdade = ( 2, 3, 5, 6 ), entre palavras, deve ser representado entre celas vazias, assim: 0 2356 0.
 
3.  Os sinais do Sistema Braille recebem designações diferentes, consoante o espaço que ocupam.
 
3.1 Os que ocupam uma só cela denominam-se sinais simples.
 
 
EXEMPLOS:
 
 
 
 
  f ( 1, 2, 4 )
 
  - ( 3, 6 )
 
3.2  Aqueles em cuja constituição figuram os pontos 1 e/ou 4, mas em que NÃO entram os pontos 3 nem 6, chamam-se sinais superiores.
 
EXEMPLOS:
 
c ( 1, 4 )
 
j ( 2, 4, 5 )
 
3.3  Aqueles que são formados sem os pontos 1 e 4 chamam-se sinais inferiores.
 
EXEMPLOS:
 
GRAU  ( 3, 5, 6 ) ]
 
DOIS PONTOS ( 2, 5 ) :
 
3.4  Os que são constituídos por qualquer conjunto dos pontos 1, 2, 3, dizem-se sinais da coluna esquerda.
 
EXEMPLOS:
 
 b ( 1, 2 )
 
 : ( 1, 2, 3 )
 
3.5  Os que são constituídos por qualquer conjunto dos pontos 4, 5, 6, dizem-se sinais da coluna direita.
 
EXEMPLOS:
 
SINAL DE MAIÚSCULA  ( 4, 6 ) [
 
BARRA VERTICAL ( 4, 5, 6 ) |
 
3.6  Chamam-se sinais compostos os que se obtêm combinando dois ou mais sinais simples.
 
EXEMPLOS:
 
 (4,6  e  1 ) A
 
 ( 3 3 3 ) ...
 
4. Quando na transcrição de códigos, tabelas, etc., um sinal inferior ou da coluna direita aparece isolado ( entre celas vazias ) e há possibilidade de o confundir com outro sinal, coloca-se junto dele o sinal fundamental?é?( 1, 2, 3, 4, 5, 6 ) que, neste caso, vale apenas como referencial de posição.
 
 
 
 
EXEMPLOS:
 
PONTO ( 2 )   PONTO ( 2 5 )  PONTO ( 35 )? PONTO ( 4 )? PONTO ( 46 )  PONTO 6
É, é: é* é^ é` é[
 
5.  Os 63 sinais simples do Sistema Braille, adiante apresentados numas
seqüências denominados ordem braille, distribuem-se sistematicamente por 7 séries:
 
1ª série:
 
a b c d e f g h i j
 
2ª série:
 
k l m n o p q r s t
 
3ª série:
 
u v x y z ç é á è ú
 
4ª série:
 
â ê ì ô @ à ï  ü õ w
 
5ª série:
, ; : ÿ ? ! = "  * ]
 
6ª série:
 
í ã ó ü . -
 
7ª série:
 
^   | ~ [ $ ^
 
5.1  A 1ª série é constituída por 10 sinais, todos superiores, pelo que é denominada série superior. Serve de base às 2ª, 3ª e 4ª séries, bem como de modelo à 5ª.
 
5.2  A 2ª série obtém-se juntando a cada um dos sinais da 1ª o ponto 3.
 
5.3  A 3ª série resulta da adição dos pontos 3 e 6 aos sinais da série superior.
 
5.4  A 4ª série é formada pela junção do ponto 6 a cada um dos sinais da 1ª.
 
5.5  A 5ª série é toda formada por sinais inferiores, pelo que também é chamada série inferior, e reproduz formalmente a 1ª.
 
5.6  A 6ª série não deriva da 1ª e desenvolve-se pelos pontos 3 ,4, 5, 6 e consta apenas de 6 sinais.
 
5.7 A 7ª série, que também não se baseia na 1ª, é formada unicamente pelos 7 sinais da coluna direita. A sua ordem de sucessão determina-se com o auxílio da mnemônica " ablakba".
 
 
6.  A escrita braille se faz ponto a ponto na reglete ou letra a letra na máquina braille ou no computador.
 
7.  O Sistema Braille é o processo de escrita em relevo mais adotado em todo o mundo e se  aplica não só à representação dos símbolos literais, mas também à dos matemáticos, químicos, fonéticos, informáticos, musicais, etc.
      Na sua aplicação à Língua Portuguesa, quase todos os sinais conservam a sua significação original. Apenas algumas vogais acentuadas e outros símbolos se representam por sinais que lhe são exclusivos.
 
Capítulo  II
 
 O Código Braille na Grafia da Língua Portuguesa
 
A . Valor dos sinais
 
8.  Os sinais que se empregam na escrita corrente de textos em Língua Portuguesa têm a significação seguinte:
 
1 - Alfabeto?
 
a        b        c        ç        d        e        f        g        h
 
i        j        l        m        n        o        p        q        r
 
s        t        u        v        x        z
 
Obs.: O c com cedilha é representado pelo sinal ç ( 1, 2, 3, 4, 6 ).
 
Obs.: As letras k, w e y encontram-se freqüentemente em textos portugueses, embora não
 
Pertençam ao alfabeto português.
 
2 - Letras com diacríticos
 
Vogais                a  e  i  o  u
 
Acento agudo          á  é  í  ó  ú
 
Acento grave          à  -  -  -  -
 
Acento circunflexo    â  ê  -  ô  -
 
Til                   ã  -  -  õ  -
 
Trema                 -  -  -  -  ü
 
3 - Pontuação e Sinais Acessórios
 
vírgula ponto ( 2 ) ,
ponto e vírgula ( 2,3 ) ;
dois pontos ( 2,5 ) :
ponto; apóstrofo ( 3 ) .
ponto de interrogação ( 2,6 ) ?
 
 
ponto de exclamação ( 2,3,5 )!
Reticências ( 3,3,3 ) ...
hífen ou traço de união ( 3,6 ) -
travessão ( 3,6 e 3,6 ) ....
círculo ( 2,4,6 e 1,3,5 ) õo
abre e fecha parênteses ( 1,2,6 e 3,4,5 ) ou ( 1,2,6 em uma cela e o ponto 3 em outra e 6 em uma cela e 3,4,5 em outra). ( ) e ê. .ã
abre e fecha colchetes ( 1,2,3,5,6 e 2,3,4,5,6 ou 1,2,3,5,6 em uma cela e ponto 3 em outra e 6 em uma cela e 2,3,4,5,6 ) á ú e á. .ú
abre e fecha aspas, vírgulas altas ou comas ( 2,3,6 ) "
abre e fecha aspas angulares ( ponto 6 em uma cela e 2,3,6 em outra). ^"
Abre e fecha outras variantes de aspas ( aspas simples, por exemplo ) ponto 5,6
em uma cela e 2,3,6 em outra cela ).  $"
Asterisco ( 3,5 ) *
E comercial ( 1,2,3,4,6 ). ç
Barra inclinada para direita ( ponto 6 em uma cela e ponto 2 em outra. `,
Barra vertical ( 4,5,6 ) |
Seta para a direita ( ponto 2,5 em uma cela e 1,3,5 em outra) :o
Seta para a esquerda ( ponto 2,4,6 em uma cela e 2,5 em outra)õ:
Seta de duplo sentido ( ponto 2,4,6 em uma cela, ponto 2,5 em outra e ponto 1,3,5 em outra )õ:o
Euro (  ponto 4 em uma cela e ponto 1,5 em outra ) ~e Cifrão ( 5,6 ) $
Por cento ( ponto 4,5,6 em uma cela e ponto 3,5,6 em outra ) %
[Por mil ( ponto 4,5,6 em uma cela 3,5,6 em outra e 3,5,6 na outra cela ) %]
Parágrafo(s) jurídico(s) ( ponto 2,3,4 em uma cela e ponto2,3,4 em outra. ss).
Mais ( ponto 2,3,5 ) +
Menos ( ponto 3,6 ) -
Multiplicado por ( ponto 2,3,6 ) "
Dividido por, traço de fração ( ponto 2,5,6 ) ÿ
Igual a ( ponto 2,3,5,6 ) =
Traço de fração ( ponto 5 em uma cela e ponto 2,5,6 em outra ) ~ÿ
Maior que ( ponto 1,3,5 ) o
Menor que ( ponto 2,4,6 )õ
Grau(s) ponto ( 3,5,6 ) ]
Minuto(s)  ( ponto 1,2,5,6 ) ü
Segundo(s) ponto ( 1,2,5,6 em uma cela e ponto 1,2,5,6 em outra ) üü
 
5 - Sinais Exclusivos da Escrita Braille
 
Sinal de Maiúscula ( ponto 4,6 ) [
Sinal de maiúscula em todas as letras da palavra ( ponto 4,6 e 4,6 ) [[
Sinal de série de palavras com todas as letras maiúsculas ( ponto 2,5 em uma cela, ponto 4,6 em outra cela e ponto 4,6 em outra ) : [
Sinal de minúscula latina; sinal especial de translineação de expressões
matemáticas ( ponto 5 ) ~
Sinal restituidor do significado original de um símbolo braille ( 5,6 ) $
Sinal de número ( 3,4,5,6 ) ü
Sinal de expoente ou índice superior ( 1, 6 )  â
Sinal de índice inferior ( 3,4 ) í
Sinal de itálico, negrito ou sublinhado ( 3,5 ) *
Sinal de transpaginação ( ponto 5 em uma cela e ponto 2,5 em outra ) ~:
 
B. OBSERVAÇÕES E NORMAS DE APLICAÇÃO
 
 
 
9.  Os sinais do Código Braille empregam-se geralmente em conformidade com os preceitos da ortografia oficial e com os textos que representam. No entanto, devem ter-se em conta as observações e normas de aplicação que se seguem.
 
1 - Sinal de Letra Maiúscula
 
10.  As letras maiúsculas representam-se pelas minúsculas precedidas
imediatamente do sinal  [ ( 4, 6 ), com o qual formam um símbolo composto.
 
Exemplos:
 
A         B         C         D         E       F
 
Amazonas         Tejo          Atlântico
 
10.1  Para indicar que todas as letras de uma palavra são maiúsculas,
utilizando-se o sinal  [[( 4, 6 e 4, 6 ) antes da primeira.
 
Exemplo:
 
BRASIL e PORTUGAL
 
10.2  Quando o número de palavras com todas as letras maiúsculas é superior a três, pode empregar-se antes da primeira o sinal composto :[[  ( 2, 5 em uma cela 4, 6 e 4, 6 ) e antes da última o sinal composto ( 4, 6 e 4, 6 ).
 
Exemplos:
 
 :PROBLEMAS atuais da FILOSOFIA
 
11.  As siglas, constituídas por iniciais, representam-se lhes antepondo o sinal composto
 
[[( 4, 6 e 4, 6 ).
 
Exemplos:
 
UBC - União Brasileira de Cegos
 
ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal
 
ONGs - Organizações  Não-Governamentais
 
11.1  Quando, no original em tinta, as iniciais das siglas são seguidas de ponto abreviativo, antepõe-se a cada uma delas o sinal simples [ ( 4,6 ).
 
Exemplo:
 
S . O . S .
 
2 - Números e Sinais com eles Usados
 
12. Os caracteres da 1ª série, precedidos do sinal  ü ( 3, 4, 5, 6 ),
representam os algarismos de um a zero. Quando um número é formado por dois ou mais algarismos, só o primeiro é precedido deste sinal.
 
Exemplos:
 
1            um
2            dois
3             três
4             quatro
0              zero
20            vinte
181          cento e oitenta e um
543           quinhentos e quarenta e três
809            oitocentos e nove
 
13.  O sinal  , ( 2 ) representa a vírgula e o ponto que em tinta se empregam para, num numeral decimal, separar a parte inteira da parte decimal.
 
Exemplos:
 
0,75          4,5          7639,125
 
14.  O ponto 3 representa o ponto separador de classe. É corrente, contudo, só efetuar tal separação em números constituídos por mais de quatro algarismos, na parte inteira ou na parte decimal.
 
Exemplos:
 
10.000
4.000.000
0,325.01
35.087,125.05
3,0125
 
15.  Os números ordinais representam-se pelos caracteres da 5ª série, precedidos do sinal [( 3,4,5,6 ) e seguidos de uma das terminações o,a,os,as.
 
Exemplos:
 
                   18os              40as
 
16.  Quando números ou letras e números se articulam numa só sucessão, os números são sempre precedidos do sinal  [ ( 3,4,5,6 ) e as letras devem ficar claramente distintas em relação aos algarismos. A articulação de números com as dez primeiras letras do alfabeto exige que estas sejam precedidas do sinal de letra latina minúscula ~( ponto 5 ).
 
a)  Números articulados com números:
 
17-09-54
1809-1852
25 12 97
5.2.1
2/4
10/09/2001
5-1º
 
 
b)  Números articulados com letras maiúsculas:
 
28-A
4D
 
C) Números articulados com letras minúsculas:
 
40-b
5x
17a
7ab
 
d) Letras articuladas com números:
 
A-1
i-2
VI.2
A4
e7
Oxx61
 
17.  Na escrita de frações, os sinais ( 256 ) representam o respectivo traço horizontal.
Exemplos:
 
3ÿ4    3~ÿ4
 
aÿb     a~ÿb
 
2xÿy   2x~ÿy
 
xÿ3     x~ÿ3
 
17.  1 No caso de números fracionários em escrita abreviada, o numerador pode representar-se pelos sinais da 5ª série e o denominador pelos sinais da 1ª série, sem repetição do sinal de número.
 
Exemplos:
 
3/4    três quartos
 
5/6   cinco sextos
 
1/2     meio
 
17.2  Nos números mistos, a parte fracionária segue imediatamente a parte inteira.
 
Exemplos:
 
5  2/3   cinco inteiros e dois terços
 
4 1/2       quatro e meio
 
 
 
18.  O cifrão  $ ( 5, 6 ) é usado para expressar a unidade monetária de
numerosos países, incluindo-se Brasil e, até 28 de fevereiro de 2002, Portugal.
Em Portugal, quando não há algarismos correspondente à unidade, o sinal  [ ( 3,4,5,6 ) precede imediatamente o cifrão.
 
Exemplos:
 
R$ 45,jj                       45 reais
 
R$ 10,el                      10 reais e cinquenta centavos
 
R$ 0,hj                        80 centavos
 
R$ 1.000,jj                  1.000 reais
 
45$jj                            45 escudos
 
110$hj                          110 escudos e 80 centavos
 
[$ej                               50 centavos de escudo
 
18.1  O euro é representado pelo sinal composto  ^e ( 4 e 1,5 ) e precede ou segue imediatamente o número.
 
Exemplos:
 
^e 500 ou ^e 500,jj                                   500 euros
 
^e 25.jjj ou ^e  25.jjj,jj                            25.000 euros
 
^e  0,cj                                             30 centavos de euro
 
200 ^e ou 200,jj ^e                                   200 euros
 
19.  Os sinais compostos  |] ( 4,5,6 e 3,5,6 ) mais  |]] ( 4,5,6 e 3,56 e 3,5,6 ) representam, respectivamente, por cento e por mil. Estes sinais ficam sempre ligados aos números a que se referem.
 
Exemplos:
 
5 % ( 3,4,5,6 e 1,5 e 4,5,6 e 3,5,6 )
4,5 %]  ( 3,4,5,6 e 1,4,5 e 1,5 e 4,5,6 e 3,5,6 e 3,5,6 )
 
20.  O sinal composto ( 2,3,4 e 2,3,4 ) representa parágrafo e parágrafo
jurídicos. Emprega-se imediatamente antes de um número e é seguido de espaço antes de uma palavra.
 
Exemplos:
 
parágrafo 1º  = ssü,o ( 2,3,4 e 2,3,4 e 3,4,5,6 e 2 e 1,3,5 )
 
parágrafo 3º  = ssü:o ( 2,3,4 e 2,3,4 e 3,4,5,6 e 2,5 e 1,3,5 )
 
parágrafo 6º  = ssü!o ( 2,3,4 e ,2,3,4 e 3,4,5,6 e 2,3,5 e 1,3,5 )
 
 
 
parágrafo único  = ss ( 2,3,4 e 2,3,4 e único )
 
parágrafos 14 e 25 = ss14 e 25 ( 2,3,4 e 2,3,4 e 3,4,5,6 e 1 e 1,4,5 e 1,5 e 3,4,5,6 e 1,2 e 1,5 )
 
Nos ss seguintes = nos parágrafos seguintes
 
21.  A representação de datas sob a forma inteiramente numérica deve obedecer às seguintes regras:
 
a)  Os elementos constitutivos  da data devem ser colocados pela ordem dia-mês-ano, utilizando-se dois algarismos para o dia, dois para o mês e dois ou quatro para o ano.
 
b)  A representação deve ser feita com algarismos arábicos.
 
c)  Na representação do ano não se emprega o ponto separador de classes.
 
d)  Os elementos constitutivos da data devem ser separados por barra ou hífen.
 
e)  O sinal de algarismo deve ser repetido antes de cada elemento.
 
Exemplos:
 
22-04-1500
07/09/1822
04-01-99
15/11/2001
 
22.  Os sinais de operação e de relação podem transcrever-se, na generalidade dos casos, sem espaços.
 
Exemplos:
 
7 mais 2 = 2+2
6 menos 5 = 6+5
9 vezes 3 = 9"3
8 dividido por 4 = 8ÿ4
n mais 1 = n+1
15 menos 15 igual zero = 15-15=0
a mais b igual b mais a = a+b=b+a
A mais B igual C = A+B=C
15 mais 8 menos 7 vezes 5 divididos por 4 igual 14,25 = 15+8-7"5Ÿ4=14,BE
 
22.1  A translineação das expressões far-se-á, preferencialmente, após um sinal de operação ou de relação, o qual se repetirá no início da linha imediata.
Quando este processo não for possível, emprega-se o sinal  ~ ( 5 ) que não se repetirá na linha seguinte.
 
Exemplos:
 
a + b + c = a + c + b = b + c +a = b + a + c = c ++ a + b = c + b + a
( obs.: quando chegar no 5º c coloca o sinal de mais no fim da linha e passa para a outra linha com o sinal mais de novo para poder continuar a operação.
 
 
 
Outro ex.:
quociente  =3,075.423.897~.253
( OBS.:  não vai caber tudo na mesma linha, uso o ponto cinco só no final da linha e continua na outra linha direto no número).
 
22.2  Se uma expressão contiver palavras, para maior clareza ou uniformidde de representação, os sinais operários e de relação podem usar-se entre espaços.
 
em  +  a   =   na
 
saldo  =  receitas - despesas
 
537  =  centenas,  3  dezenas  e 7  unidades
 
a análise decompõe o complexo ( = todo ) no simples ( = elementos )
 
São Paulo > Sergipe
 
Faro , Lisboa
 
23.  Os símbolos das unidades de medida escrevem-se sem ponto abreviativo e ficam separados por um espaço dos números que, em geral, os precedem.
 
Exemplos:
 
15 cm
27 dm
150 m
472 km
2 ml
387 l
200 g
594 kg
250 t
7 h
75 w
340 m/s
 
3 m + 6 dm +15 cm = 3,75 m
 
24.  Na representação de amplitudes de arcos e ângulos, expressas em graus sexagesimais, o sinal ( 3,5,6 ) emprega-se como símbolo da unidade grau; o sinal ( 1,2,5,6 ), como símbolo da unidade minuto; o sinal ( 1,2,5,6 e 1,2,5,6 ), como símbolo da unidade segundo.
 
Exemplos:
 
90 graus = 90] ( 3,4,5,6 e 2,4 e 2,4,5 e 3,5,6 )
40 minutos  = 40ü ( 3,4,5,6 e 1,4,5 e 2,4,5 e 1,2,4,6 )
57 segundos = 57üü ( 3,4,5,6 e 1,5 e 1,2 ,4,5 e 1,2,5,6 e 1,2,5,6 )
 
25.  O sinal ] ( 3,5,6 ) emprega-se também como símbolo da unidade grau, na representação de temperaturas, e pode ser combinado com outros símbolos.
 
Exemplos:
 
 
graus centígrados  = ]C ( 3,5,6 e 4,6 e 1,4 )
0 graus = 0] ( 3,4,5,6 e 2,4,5 e 3,5,6)
- 25 graus Celsius = -25]C  ( 3,6 e 3,4,5,6 e 1,2 e 1,5 e  3,5,6 e 4,6 e 1,4 )
77 graus Fahrenheit= 77]F( 3,4,5,6 e 1,2,3,4 e 1,2,3,4 e 3,5,6 e 4,6 e 1,2,4 )
 
100 grau C = 212 grau F ( 100]c = 212]F 100 grau centígrados igual a 212 graus Fahrenheit
cal/g/]C ( caloria por grama e por grau centígrado )
 
26.  As medidas de tempo e de arcos e ângulos se escrevem com espaços
intermediários.
 
Exemplos:
 
3691 s = 1 h 1 min 31 s
89  ] 30 ü 10 üü
 
27.  O sinal ( 1,6 ) confere aos elementos que o seguem o significado de
expoente ou índice superior.
 
Exemplos:
 
7 elevado ao quadrado ( 3,4,5,6 e 1,2,3,4 e 1,6 e 3,4,5,6 e 1,2 ) = 7â2
2 elevado a n ( 3,4,5,6 e 1,2 e 1,6 e 1,3,4,5 ) = 2ân
centímetro cúbicos ( 1,4 e 1,3,4 e 1,6 e 3,4,5,6 e 1,4 ) = cmâ3
 
28.  O sinal  í ( 3,4 ) confere aos elementos que o seguem o significado de índice inferior.
 
Exemplos:
 
4 índice 2 ( 3,4,5,6 e 1,4,5 e 3,4 e 3,4,5,6 e 1,2 ) = 4í2
a índice 1 ( 1 e 3,4 e 3,4,5,6 e 1 ) = aí1
x índice n ( 1,3,4,6 e 3,4 e 1,3,4,5 ) = xín
 
Para escrever a numeração romana empregam-se letras maiúsculas.
 
 
Exemplos:
 
5 ( V ) ponto ( 4,6 e 1,2,3,6 )
10 ( X ) ponto ( 4,6 e 1,3,4,6 )
50 ( L ) ponto ( 4,6 e 1,2,3 )
100 ( C ) ponto ( 4,6 e 1,4 )
500 ( D ) ponto ( 4,6 e 1,4,5 )
1000 ( M ) ponto ( 4,6 e 1,3,4)
 
29.1  Quando o número é constituído por duas letras, emprega-se o sinal ( 4,6 e 4,6 ) antes da primeira.
 
Exemplos:
 
2  ( II )  ponto ( 4,6 e 4,6 e 2,4 e 2,4 )
40 ( XL ) ponto ( 4,6 e 4,6 e 1,3,4,6 e 1,2,3 )
 
 
 
419 ( CDXIX )  ponto ( 4,6 e 4,6 e 1,4 e 1,4,5 e 1,3,4,6 e 2,4 e 1,3,4,6)
1935 ( MCMXXXV ) ponto  ( 4,6 e 4,6 e 1,3,4 e 1,4 e 1,3,4 e 1,3,4,6 e 1,3,4,6 e 1,3,4,6 e 1,2,3,6 ).
 
29.2  O traço horizontal que  multiplica por mil a parte coberta do número romano, e o duplo traço que a multiplica por um milhão, representam-se, respectivamente, pelos sinais ( 2, 5 ) e ( 2, 5 e 2, 5), colocados imediatamente depois da última letra afetada pelo(s) traço (S).
 
Exemplos:
 
VXDXX   5.010.520 ( 4,6  e 4,6 e 1,2,3,6 e 2,5 e 2,5 e 1,3,4,6 e 2,5 e 1,4,5 e 1,3,4,6 e 1,3,4,6 ). = [[v::x:dxx
 
IXIVXIV   9.004.014 ( 4,6 e 4,6 e 2,4 e 1,3,46 e 2,5 e 2,5 e 2,4 e 1,2,3,6 e 2,5 e 1,3,4,6 e 2,4 e 1,2,3,6). = [[ix::iv:xiv
 
3 - Sinal de Itálico e outras Variantes Tipográficas
 
30.  O sinal * ( 3,5 ) é o correspondente braille do itálico, sublinhado, negrito e da impressão em outros tipos ( cursivo, normando, etc. ). Antepõe-se e pospõe-se imediatamente a texto, fragmento de texto, palavra ou elemento de palavra a destacar.
 
Exemplos:
 
 a  * crise de 1580 * ( 1 e 3,5 e 1,4 e 1,2,3,5 e 2,4 e 2,3,4 e 1,4 e 1,4,5 e 1,5 e 3,4,5,6 e 1 e 1,5 e 1,2,5 e 2,4,5 e 3,5 ).
 
 
 
As letras *  a, b  * e  * c * são as  * primeiras  * em muitos alfabetos.
 
* Mão-de-obra *
 
Guarda- * mor *
 
comparar:
 
coser e cozer  ( o s e o z estão grifados, o ponto 3,5 vai antes e depois do s e também do z, ex.: co*s*er e co*z*er.
 
*e*minente e * i*minente
 
30.1 Se o texto a destacar é constituído por mais de um parágrafo,o sinal( 3,5 ) antepõe-se a cada um deles e pospõe-se apenas ao último.
 
Exemplos:
 
Escreve Albuquerque e Castro, relativamente à revolução operada pelo Braille:
 * Não levou séculos --  muitos séculos mesmo -- a penetrar as camadas humanas que havia de interessar ou vencer os obstáculos que se erguiam no seu caminho.
Coloca ponto 3,5 novamente no próximo parágrafo.
 *Mas, em menos de cem anos, tendo galgado fronteiras de nações e de raças, envolvia em seus braços gigantes o mundo inteiro.
Termina o parágrafo com o ponto *.
 
 | Quando uma variante tipográfica se emprega em todo um enxerto e este se compõe de um ou  mais  | parágrafo, o sinal * ( 3,5 ) é substituível com vantagens por barra vertical, simples  ou  |dupla, que acompanhe na margem esquerda o conjunto de linhas necessária para transcrever o  |texto.
 é Se duas variantes tipográficas são alternadamente aplicadas em todo o
excerto, uma com caráter  é mais geral ( por exemplo, letra miúda ) e outra em apenas alguma ou algumas das suas palavras  é ( por exemplo, letra inclinada ), o correspondente braille do itálico * deverá continuar a  é empregar-se * em conjunto com a barra vertical, como se observa neste parágrafo.
  |l O texto do presente número encontra-se ilustrado com três modalidades de barra vertical.   |l Note-se a necessidade de texto e barra ficarem suficientemente afastados.
 
4-  Pontuação e Sinais Acessórios
 
31.  Ressalvadas as exceções referidas em algumas normas desta alínea, os sinais de pontuação e acessórios não devem separar-se da palavra a que dizem respeito.
 
Exemplos:
 
Brasil, Portugal
 
Ora alegre, ora triste; ora afável, ora indiferente.
 
Bravo!
 
Por quê?
 
32.  O sinal .( 3 ), além de ponto final, tem o valor de ponto abreviativo, tanto no interior como no fim dos vocábulos.
 
Exemplos:
 
Exmo  Sr.
V.Ex.a
Alves ç Cia.
 
32.1  Escreve-se sem espaços intermediários as abreviaturas de expressões correntes.
 
Exemplos:
 
a.c.
s.f.
p.f.
 
32.2  Escreve-se com espaços intermediários as abreviaturas de nomes de pessoas.
 
Exemplos:
 
J. J. Veiga
A . F. de Castilho
 
33.  O sinal .( 3 ) representa também o apóstrofo. Em caso de translineação, ele não deve ser seguido de hífen.
 
Exemplos:
 
mãe-
-d.água
mãe-d.água
 
3.4  As reticências, representadas pelo sinal composto ... ( 3,3,3 ), podem aparecer isoladas quando significam omissão de texto; podem também ser antecedidas ou seguidas de outros sinais.
 
Exemplos:
 
"Zum... zum... zum...
Lá no meio do mar...
É o vento que nos atrasa
É o vento que nos atrapalha
Para no porto chegar...
Zum... zum... zum...
Lá no meio do mar..."
ê.Cantiga popular.ã
 
Um, três, cinco, sete, nove,...
 
"... Tão cedo desta vida, descontente! ..." ê.Camões,* Sonetos * .ã
 
Salve!...
ê.....ã
 
35.  Os parênteses e os colchetes ( parênteses retos ), em contextos literários podem assumir duas formas distintas de representação: a forma simples e a forma composta.
 
35.1  Forma simples:
 
abre e fecha parênteses ( )
abre e fecha colchetes  á ú
 
 
Nos contextos literários, para manter a uniformidade com o Código Matemático Unificado ( CMU ), se empregam as formas simples em duas circunstâncias:
a) Se o sinal de abertura for seguido imediatamente por um numeral e o sinal de fechamento for precedido por um numeral.
b)  Se o sinal de fechamento suceder um numeral, geralmente indicando uma enumeração ou enumeração de itens.
 
EXEMPLOS:
 
Resolver o exercício 1)
Acertou os itens 2) e 3)
Como é sugerido em 23]: 5), 6) e 7)
Louis Braille ( 1809-1852 ) nasceu na França.
[2000 é séc.20]
As notas (5) e (6) são esclarecedoras.
Discar (0xx61) para Brasília.
 
35.2 Formas compostas:
 
Ê.         abre e fecha parênteses
Á.         abre e fecha colchetes
 
Estas formas compostas se empregam para evitar ambigüidades.
 
Exemplos:
 
Antonio Feliciano de Castilho (poeta) viveu no século XIX.
Nos termos das alíneas a), b) e c).
Atentem para as notas (b) e (d).
Estimado(a) amigo(a)
Prezado(s) colega(s)
("O Casarão") ["telenovela"]
[Águias imperiais]
(software de aplicação)
"ê.....ã
Deitado eternamente em berço esplêndido
ê.....ã"
 
Fé á. Do lat. Fide. .ú S. F. 1. Crença religiosa: "De tanto sofrer perdeu a fé."ê.....ã á. Cf. fê .ú
 
36.  As aspas " (2,3,6), abre e fecha, que em tinta aparecem sob a forma de vírgulas em posição natural ou invertidas, representam-se com o símbolo Braille já referido; as aspas sob a forma de pequenos ângulos, simples ou duplos, têm como correspondente braille o sinal composto ^" (6 e 2,3,6); outras variantes de aspas são representadas pelo sinal composto $" (5,6 e 2,3,6).
 
Exemplos:
 
O professor: "leia o soneto ." Alma minha, gentil ^"".
 
Leu: "... ouviu-se dizer:  $" É inadmissível tão pouca consideração por um ser humano, por alguém que também é ^"filho de Deus^"! Uma chocante falta de solidariedade! Um silêncio pesado e comprometedor ficou a ressoar..." Deixou descair o manuscrito nos joelhos.
 
36.1 Quando num texto em colunas, se pretende usar aspas por baixo de palavra ou palavras, significando "igual, idem, a mesma coisa", etc., usa-se em braille o sinal  de aspas duplo (2,3,6 e 2,3,6), a fim de facilitar a sua identificação.
 
Exemplos:
 
Eu tenho andado
Tu tens    ""
Ele tem    ""
Nós temos  ""
Vós tendes ""
Eles têm   ""
 
36.2 Mesmo quando não seja possível ou prático reproduzir em braille um texto disposto em colunas, o sinal de aspas duplo pode, ainda assim, ser empregado, desde que o elemento por ele representado ocorra em início de linha e duas ou mais vezes consecutivas.
 
Exemplos:
 
Cícero.Discurso em defesa do poeta Argüias
""     Discurso sobre Catilina
""     Discurso sobre Horácio
 
Garrett, Almeida. O Arco de Sant.Ana
""       Frei Luis de Sousa
""       Viagens na minha Terra
Queirós, Eça de. A Capital
""       A ilustre Casa de Ramires
""       Os Maias
 
37.  O travessão pode ser antecedido ou seguido de outros sinais; mas deve ficar sempre isolado em relação a palavras anteriores e seguintes.
 
Exemplos:
 
"--Vamos para a mesa?"
 
As reações psicológicas -- humor, autoconfiança, discernimento --, fisiológicas e sociais do homem aos acontecimentos.
 
-- São todos os mesmos... -- pensou consigo o fidalgo.
 
Então ele -- entre outras coisas -- disse que lhe doía.
 
Cada um tinha seu estatuto, conforme a sua classe social -- clero, nobreza ou povo.
 
38.  O sinal õo ( 2,4,6 e 1,3,5 ) representa um círculo e serve para destacar certa forma de enumeração.
 
Exemplos:
 
Os títulos que se seguem correspondem a publicações periódicas em braille:
õo "Revista Brasileira para Cegos"
õo "Poliedro", revista de tiflofogia e cultura
õo "Pontinhos,revista infanto-juvenil
õo " Ponto e Som. cultura e informação
 
39.  O "e" comercial ( ç ) representa-se por meio do sinal ç ( 1,2,3,4,6 ), que deve ficar sempre entre espaços.
 
Exemplos:
Silveira ç Cia.
Brito ç Gomes
 
40.  Os sinais ^,( 6,2 ) e |( 4,5,6 ) representam, respectivamente, a barra e a barra vertical. Em geral, não há espaços antes ou depois das barras, sendo que a barra vertical deve ser seguida de, pelo menos, meia cela em branco.
 
Exemplos:
 
Rio/Lisboa
MEC/SEESP/Comissão Brasileira do Braille
Matemática (4,5,6) Língua Portuguesa
Empregado|empregador
 
40.1 Se barras ocorrerem em final de linha, torna-se necessário repeti-las no início da linha imediata.
 
Exemplos:
 
Decreto-Lei número 496^,^,77
 
41.  As setas horizontais para a direita :o ( 2,5 e 1,3,5 ), para a esquerda õ:
( 2,4,6 e 2,5 ) e de sentido duplo ( 2,4,6 e 2,5 e 1,3,5 ) empregam-se
isoladamente e, se ocorrerem no fim de uma linha, não se repetem no início da linha seguinte.
 
Exemplos:
 
Cloro ! brometo de potássio :o cloreto de potássio
Direitos õ:o deveres
 
42. O sinal restituidor do significado original de um símbolo Braille representa-se por $ ( 5,6). Emprega-se em contexto estenográfico, imediatamente antes de palavras para indicar que todos os seus caracteres têm o valor original.
 
42.1 Quando necessário, emprega-se igualmente para fazer cessar um significado a novos sinais, criados em conformidade com o disposto no parágrafo 44, restituindo assim a qualquer sinal o seu significado próprio.
 
43. Na escrita de textos em línguas estrangeiras emprega-se a Grafia Braille dos respectivos idiomas. ê. V.aPêndices..ã Porém, em palavras estrangeiras isoladas e pouco frequente, ou ainda na grafia de palavras portuguesas que contenham vogais acentuadas para as quais não haja sinal braille correspondente neste Código, antepõe-se às letras os diacríticos seguintes:
 
* acento agudo        Ex.: c*omo cómo
? acento grave        Ex.: fr?ere frère
^ acento circunflexo  Ex.: para^itre paraître
? trema               Ex.: f?ur für
~                     Ex.: nenh~ua
 
 
44. Sempre que em alguma obra a transcrever ocorram sinais cuja grafia não haja sido prevista e normalizada neste Código, deve o transcritor atribuir-lhes o correspondente sinal braille, evitando toda a possibilidade de confusão com os sinais e as normas aqui determinados. Os sinais que tiverem de ser criados deverão ser objetos de nota de rodapé em que se indique o seu significado, quando se empreguem pela primeira vez; sendo muitos estes sinais, devem figurar em lista própria e em páginaê.sã exclusivasê.s.ã no início do volume onde se encontram.
 
Capítulo III
 
Disposição do Texto Braille
 
45. Na transcrição para braille deve segui-se o mais possível a disposição de qualquer texto em tinta, tendo sempre em conta, no entanto, as especificidades da leitura tátil.
 
46. Os títulos, subtítulos, etc. devem ficar destacados em relação aos respectivos textos. O destaque pode ser-lhes conferidos através de ima ou mais linhas em branco ou de traço para sublinhar, processos que substituem, com vantagem, o itálico e a caixa alta, correntemente, usados nas edições em tinta.
 
Exemplos:
 
ê. título centralizado .ã:
   O Direito Sucessório
   Generalidades
 
ê. título escrito a partir da margem .ã:
O Direito Sucessório
Generalidades
 
ê. título sublinhado.ã:
O Direito Sucessório
--------------------
Generalidades
 
46.1 Os títulos, subtítulos, etc. não devem ser escritos em página diferente daquela em que os respectivos textos começam; pelo contrário, devem ser seguidos de , pelo menos, duas linhas de texto.
 
46.2 Um texto só deve terminar num princípio de página, se nela figurarem, pelo menos, duas linhas de texto. A observância deste preceito é de particular importância, se na mesma página começar novo texto, pois assim se evitará tomar por título deste o final do texto anterior.
 
47. Especiais cuidados devem ser tomados para a inserção de referências no final de textos. Assim, autores, obras de onde os textos foram extraídos,etc.; nunca deverão ficar em página diferente daquela em que o texto terminar.
 
48. Os parágrafos devem ser claramente destacados. A abertura pode variar, mas tem de fazer-se pelo menos no terceiro espaço. O parágrafo americano, que consiste em não fazer qualquer abertura e deixar uma linha em branco entre parágrafos, por provovar a descontinuidade do texto e prejudicar a economia de espaço.
 
48.1 Quando há necessidade de economizar espaço ê. em apontamentos, publicações periódicas, etc..ã; pode usar-se o " parágrafo compacto".O sinal de pontuação pelo qual um parágrafo termina é seguido de três espaços em branco; o novo parágrafo principia a seguir , na mesma linha, e a linha imediata começa, pelo menos, no terceiro espaço.
 
Exemplos:
 
   " A primeira tentativa
conhecida para construir um
sistema de escrita em relevo foi
feita, à volta de 1517, por
Francisco Lucas, de Saragoça,
Que inventou uma série de letras
Gravadas em pranchas delgadas
De madeira.   Levada para a
   Itália, cerca de 1575, este
 
 
Sistema foi aperfeiçoado por
Rampansetto, de Roma, mas
Falhou por ser de leitura
difícil."
 
48.2 O processo de parágrafo compacto não se aplica circunstancialmente quando o início de cada parágrafo não puder ser claramente assinalada pela reentrância da Linha imediata e quando os parágrafos estiverem referenciados com números, letras, etc. Faz-se então a abertura do parágrafo conforme se estabelece no número 48 e retoma-se depois o parágrafo compacto.
 
49. As molduras (caixa) em que se destacam pequenos textos podem e devem ser reproduzidas em relevo, utilizando para isso linhas horizontais e verticais.
 
Exemplos.
 
É regra fundamental para o bom funcionando de um fichário que:
 
 
      Quando se tiver de
   Retirar uma ficha por
   Período longo, fique
   No seu lugar uma indica-
   Ção com o nome da pessoa
   Que o fez, a seção onde
   Trabalha a data em que
   a retirada se verificou.
 
50. A transcrição dos textos em versos começa-se na margem, procurando sempre seguir a disposição Do texto em tinta. Se o verso for muito extenso e ocupar mais de uma linha em braille, o excesso não deverá começar, na linha imediata, antes do terceiro espaço.
 
Exemplo:
 
" Auriverde pendão de minha
   terra,
 Que a brisa do Brasil beija e
   Balança,
Estandarte que à luz do Sol
   Encerra
As promessas divinas da
   Esperança..."
 
50.1 Quando um texto tem versos que se iniciam mais à direita e versos começados mais à esquerda, aqueles não deverão iniciar-se antes do quinto espaço. Se forem extensos, a sua continuação não deverá Ter lugar antes do sétimo espaço.
 
Exemplos:
 
      Bailai sobre as lagrimo-
        Sas
      Estrelinhas misterio-
        Sas,
      Cintilações, nebulosas,
 
 
      Frêmitos vagos d.empí-
        Reos!...
Deus golpeia a aurora p.ra
  Dar sangue às rosas,
Deus ordenha a Lua p.ra
   Dar leite aos lírios!...
 
51. As estrofes separam-se entre si geralmente por linha em branco. No caso de poemas formados por estrofes com número variável de versos, sempre que o final de uma estrofe coicida com a última linha da página braille, deve deixar-se em branco a primeira linha da página seguinte.
 
52. Quando num texto em prosa ocorrem versos, deve dar-lhes a disposição adotada no original.
 
a) Tratando-os como prosa, separados uns dos outros por barras.
 
Exemplos:
 
   Camões fala-nos então de como
Inês estava nos campos do
Mondego ^,Aos montes ensinando
E às ervilhas ^, O nome, que no
Peito escrito tinhas.
   Trata-se de uma das mais
Belas páginas líricas de "Os
Lusíadas".
   Os seus versos deixaram
De ser " Escritos pela mão
Do Fingimento, ^,
Cantados pela voz da Dependência".
 
b) Escrevendo-os linha a linha.
 
Exemplos:
 
   Alguns poetas usam a
minúscula no princípio de cada
verso quando a pontuação o
permite, como se vê nesta quadra
de Castilho:
 
Aqui, sim, no meu cantinho
Vendo rir-me o candeeiro,
Gozo o bem de estar sozinho
e esquecer o mundo inteiro.
 
53. Na escrita em tinta empregam-se, às vezes, separadores de textos ou de partes de um texto. Nas edições braille, para o mesmo efeito, podem usar-se diversos grafismos.
 
Exemplos:
 
Combinações de sinais:
 
 
 
|õ|õ|õ|õ|õ|õ|õ|õ|õ|õ
õoõoõoõoõoõoõoõoõoõo
õ------------------o
...................
====================
54. Para paginar os textos braille reserva-se a primeira ou a última linha da página. O número coloca-se, geralmente, no extremo direito da linha ou no meio dela, podendo, nesta última posição, ser dispensado o emprego do sinal de número.
 
54.1 Sempre que quiser aplicar ao livro braille a forma mais comum de numerar as páginas do livro em tinta, ou seja, nos extremos mais afastados da lombada, os números deverão manter, pelo menos, três espaços em branco à esquerda.
 
54.2 Quando sobre a página braille se indica o número da que lhe corresponde no texto em tinta - o que é sempre vantajoso nas obras didáticas - esta indicação deve figurar na mesma linha utilizada para a paginação braille, a partir da terceira cela. Se a página braille contiver texto de duas ou mais páginas do original em tinta, podem-se escrever os números da primeira e da última, ligados por hífen. (V.55.)
 
54.3 se os extremos da linha se ocupam com a paginação do livro braille e do livro em tinta, a parte central pode ser aproveitada para a inclusão de quaisquer referências; se a paginação do original não for representada e a paginação braille se faz somente nas páginas da direita, o restante da linha pode ser preenchido com texto. Num caso como em outro, é necessário manter uma distância não inferior a três espaços entre o texto e os números das páginas.
 
55. Sempre que o fim das páginas braille e em tinta não for coicidente, pode-se indicar a mudança de página do texto em transpaginação, colocando entre espaços, o sinal de trans paginação ~: (5 e 2,5).
 
Exemplos:
 
    7-8                         2
    A linguagem falada ou escrita
Percebida pelos ~: nossos senti-
Dos é, realmente, o instrumento de comunicação por excelência.
 
    47-48                     35
    A comunicação é a base desta
Ação recíproca, destas relações
Entre o homem e o homem. ~:
   Por que aprendemos sobre tais
Coisas?
 
55.1 Se a página em tinta terminar por uma palavra translineada, o sinal de transpaginação será colocado somente depois de toda palavra escrita.
 
52.2 Quando se utilizam ambas as faces do papel e não se inclui a paginação do original em tinta, basta numerar as páginas ímpares.
 
56. As notas ao texto devem escrever-se, sempre que possível, no rodapé da página braille em que ocorrem as respectivas referências.
 
 
 
 
56.1 As notas podem ser referenciadas por meio de números, letras, asteriscos, etc. Em braille, as referencias colocam-se sempre sempre entre parênteses e isoladas, por espaço em branco, relativamente à palavra ou expressão que é o objeto da nota.
 
56.2 Nas transcrições para braille, as notas à margem devem ser convertidas em notas de pé de página. Para isso, é necessário referanciá-las, escolhendo um tipo de referencia que permita distingui-las de outras notas de pé de página porventura existentes.
 
56.3 O texto das notas deve observar uma margem diferenciada de dois ou três espaços e ser separado do texto principal por uma linha de pontos que, partindo do primeiro espaço, preencha, pelo menos, um teço da linha.
 
56.4 Cada nota deve começar em novo parágrafo, com a indicação da respectiva referência.
 
56.5 Quando o texto de uma nota já não puder ser inserido no pé da página em que a referência aparece ou aí não couber integralmente, escreve-se, total ou parcialmente, no pé da página seguinte, também separado do texto principal por uma linha de pontos.
 
56.6 Pode acontecer que, na mesma página onde se insere total ou parcialmente uma nota com referência na página anterior, outras referências apareçam. Então, todas referências deverão formar uma sequência ordenada que só terminará quando o final do texto da última nota ocorrer no final da página.
 
56.7 Se as notas forem extremamente frequentes ou muito extensas, também podem inserir-se no fim do capítulo ou do volume. Se for inserido no fim do volume, o texto das notas  deverá então figurar em página nova e ser introduzido pelo título "notas".
 
Apêndice 1
 
ESCRITA BRAILLE EM CONTEXTO INFORMÁTICO
 
A ocorrência crescente de expressões informáticas na literatura cotidiana - endereços de Internet, correio eletrônico, nomes de arquivos, etc. - gerou a necessidade de criar condições brailográficas que tornem fácil e clara sua leitura e escrita.
Para se alcançar esta finalidade, foi preparado um conjunto de símbolos e de regras para ser usado exclusivamente em contexto infomático, o qual figura neste apêndice.
Por outro lado, a especificidade da simbologia informática desaconselha que os respectivos símbolos e regras se misturem com os demais símbolos e regras da escrita braille. Por isso, foi criado o sinal delimitador de contexto informático.
 
1. Símbolos Usados em Contexto Informático
            (ordem braille)
 
ÿ  (2,5,6) barra oblíqua
ã  (3,4,5) arroba
|  (4,5,6) barra vertical
^  (5)     sinal de translineação
^,  (5 e 2)         sinal delimitador de contexto informático
^.  (5 e 3)         barra invertida
^-  (5 e 3,6)       indicador de início e fim de sublinhado
[   (4,6)           indicador de diacrítico autônomo
  (4,6 e 3,4,5,6) cardinal ou "cerquinha"
[-  (4,6 e 3,6)     caractere sublinhado autônomo
`   (6)             apóstrofo
 
2. Observações e normas de Aplicação
 
2.1 O sinal ~, (5,2) delimita a expressão informática que enquadra. No início desta, tem de ser precedido de espaço, se não ocorrer no príncipio de uma linha; no fim da expressão, tem de ser seguido de espaço, caso não coincida com fim de linha.
 
Exemplos:
 
~,www.acapo.pt
~,http:üüwww.perkins.pvt.k12.ma.us
~,ibcãinfolink.com.br
 
2.2 O sinal [ (4,6) deve preceder o diacrítico autônomo. Considera-se diacrítico autônomo aquele que não afeta qualquer caractere. Escreve-se, portanto, explicitamente.
 
Exemplos:
 
~,http:üüintervox.nce.ufrj.brü~[ãmunizü~,
 
2.3 O sinal [- (4,6 e 3,6) representa o caractere "sublinhado" que não afeta qualquer outro caractere.
 
Exemplos:
 
~,*.ex[-~,
~,www.braillenet.jussieu.frü~navigateurübraillesurf[-ãvec[-~ie.exe~,
~,http:üüwww.lerparaver.comü~mailinglist[-querersaber.html
 
2.4 O sinal ~-(5 e 3,6)indica o início e o fim de sublinhado, seja de um
caractere, seja de uma expressão.
 
Exemplos:
 
Para copiar os arquivos com extensão ~,.exe[ü~, da unidade A: para a unidade C:
escreva, na linha de comando do DOS, a expressão abaixo sublinhada: ~, ~-copy
a:~.*ex[ü c:~-~,
 
O comando:
~,título=`~-Apêndice 1~-`$~,guarda na variável "título a expressão que aparece sublinhada.
 
2.5 A barra vertical | (4,5,6) só será precedida ou seguida de espaço se o for no original.
 
Exemplo:
Pode-se exibir o conteúdo do arquivo teste.txt, digitando na linha de comando:
~,type teste.txt|more~,
Apêndice 2
 
SÍMBOLOS USADOS EM OUTROS IDIOMAS, INEXISTENTES EM PORTUGUÊS OU REPRESENTADOS
POR SINAIS BRAILLE DIFERENTES
 
- Alemão
- Dinamarquês
- Espanhol
- Francês
- Inglês
- Italiano
- Latim
- Sueco
 
                                 sueco
 
ã a umlaut (a com trema -ä)
õ o umlaut(o com trema - ö)
ü u umlaut (u com trema - ü)
` apóstrofo (`)
 
As vogais com trema encontran-se algumas vezes representadas, respectivamente, por ae, oe, eu.
 
;[ sz - Quando em tinta o sz for representado por ss, também o deverá ser em Braille.
 
                                  Dinamarquês
 
ã ae acoplado
õ o cortado
â a com pequeno círculo por cima ( da família dos circunflexos)
 
                                  Espanhol
 
;[ é e com acento agudo
ï  ñ n com til
-  - traço curto (1)
-- -- traço longo, travessão (1)
ê  ( abertura de parênteses
ã  ) fechamento de parênteses
á  á abertura de colchetes ou parênteses retos
?  abertura de interrogação
? fechamento de interrogação
! abertura de exclamação
! fechamento de exclamação
ã indicador de início de verso em escrita contínua
ê indicador de final de verso em escrita contínua
êê indicador de final de poesia em escrita contínua
ü,r primer
ü:r tercer
 
 
 
 
(1) Estes sinais se empregam sem espaços em brancos antes e depois deles.
 
                             Francês
 
á a grave (à)
;[ e grave (è)
ú u grave (ù)
a[ i circunflexo
ù u circunflexo
b[ e com trema
õ oe acoplados (oe)
 
                             Inglês
 
Í  barra oblíqua (1)
-- travessão (1)
ÿ ponto final; ponto abreviativo
" e ] abre e fecha aspas
" ponto de interrogação
= = abre e fecha parênteses
` sinal de letra maiúscula
`` todas as letras maiúsculas
[ itálico, sublinhado, negrito e impressão em outros tipos
$ sinal de letra
 
 
(1) Estes sinais se empregam sem espaços em branco antes e depois deles.
 
                               Italiano
 
á a grave (à)
í i grave (ì)
[ o grave (ò)
ú u grave (ù)
 
                               Latim
 
ae  ae acoplados (ae)
oe  oe acoplados (oe)
^ acento tônico Ex.: d^ominus
: longa Ex.: d:ominus
` breve Ex.: dom`in`us
 
                                Sueco
 
â  a com pequeno círculo por cima ( da família dos circunflexos)
ã  a com trema
õ  o com trema
 
 
Apêndice 3
 
   Alfabeto Grego
   Alfabeto Hebraico
   Alfabeto Russo ou Cirílico Moderno
 
1. Alfabeto Grego Clássico
 
A

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