segunda-feira, 6 de março de 2017

Comportamento - Autista


COMO É O COMPORTAMENTO DA CRIANÇA AUTISTA?

A criança que tem autismo mostra os sinais do transtorno logo na primeira infância. O detalhe, porém, é que muitos pais não sabem o que podem considerar como um indicativo que seu filho é autista. De fato, somente um especialista pode identificar, por meio de métodos assertivos, se o caso é autismo ou não.
O artigo hoje é voltado para pais que querem saber como é o comportamento da criança autista. Sem dúvida que é necessário ter muita cautela para se chegar a uma impressão dessas. Mas podemos adiantar que existem alguns traços peculiares manifestados pelos pequenos antes dos três anos.

Os primeiros anos

Logo na amamentação, o filho estabelece uma sintonia com a mãe. Esse ato é marcado pela troca de olhares entre o bebê e a progenitora. Há casos de crianças que não criam o contato do olhar, o que muitos especialistas já acreditam ser um ‘sinal amarelo’ no indicativo de um possível autismo. Lembrando, é claro, que isso precisa ser acompanhado de perto por um profissional.
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Nos primeiros anos de vida, a criança pode se mostrar resistente aos carinhos e aos toques. Ela provavelmente vai relutar a qualquer tentativa de aperto: abraço, colo, etc.

Apatia da criança

O comportamento de uma criança, por mais tímida que seja, está pautado na curiosidade. Os pequenos gostam de explorar o ambiente. No caso do autista, ele pode ficar parado por um bom tempo olhando fixamente um ponto e não exercitar o ato de tocar, mexer, conhecer o local em que está.
Além disso, quando a criança autista não costuma se envolver em brincadeiras e atividades com pessoas da mesma faixa etária, por exemplo. O autista prefere ficar sozinho com um objeto que tenha despertado interesse nele.
Outro sinal que pode ser reparado é o fato de a criança não responder aos chamados. Ela age como se realmente não estivesse escutando.

Brincadeiras

Vale ressaltar que o comportamento da criança autista com as brincadeiras é bastante peculiar. Por mais que os pequenos possam participar de alguma gincana, haverá o momento em que eles vão querer parar. O tempo de diversão para eles é diferente das demais crianças.
Além disso, as crianças com autismo não gostam muito de serem apertadas. Isso pode ser uma tortura para elas. Portanto, é muito comum que o autista infantil prefira brincadeiras mais solitárias. Importante lembrar, no entanto, que isso não significa o isolamento da criança. Toda oportunidade de agregá-la à atividade é válida. Cabe somente a ela manifestar se quer ou não.
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Hipersensibilidade

autista apresenta algumas características, embora cada caso deva ser tratado separadamente. Uma delas é a hipersensibilidade a alguma função do corpo: olfato, audição, paladar e visual.
Pode ser que algum estímulo dessas partes seja muito mais forte que o normal, como o tilintar de talheres, um cheiro específico, um gosto, etc.
Além disso, tal condição justifica o porquê de muitas crianças chorarem a um simples toque e não sentem um machucado, por exemplo.

Quando procurar ajuda?

Como cada criança autista tem um comportamento único, mesmo que haja determinada semelhança entre eles, é preciso ter muita cautela e procurar um profissional que possa acompanhá-la.
Não existe um consenso acerca da idade ideal, embora aos três anos já possa ser feito um levantamento mais correto sobre a possibilidade do autismo. Lembre-se que quanto mais cedo for o diagnóstico, mais eficaz será a intervenção.

Dicas - Autismo

DICAS PARA REDUZIR COMPORTAMENTOS PROBLEMÁTICOS DO AUTISTA EM CASA


O autista é uma pessoa que merece uma atenção maior em relação às demais. Sempre é bom salientarmos que ela enxerga e lida com o mundo de uma maneira peculiar, mas o que não a impede de uma relação de harmonia nos ambientes em que vive.
Muitos pais e responsáveis enviam seus depoimentos cujos relatos falam em comportamentos agitados e até algumas crises. Obviamente que como cada um apresenta característica específica, generalizar é sempre um erro. Então, o aconselhável é saber identificar os momentos que provocam esses quadros nos autistas e promover métodos que diminuam as crises.

Por que isso acontece?


As chamadas birras, aquelas mesmas feitas por crianças ao redor do mundo, também protagonizam a vida de muitos autistas. A diferença está em um detalhe crucial. No caso do autismo, tais comportamentos são identificados como uma maneira do pequeno ou adolescente não conseguir direcionar algum descontentamento através da fala, para citar apenas um exemplo. Então a maneira mais fácil encontrada por eles pode ser o berro e o choro.
O que os tiram realmente do sério é o fato de a hipersensibilidade ser algo constante. É comum que um autista sinta essa sensibilidade excessiva com alguma cor, cheiro, barulho, gosto, toque; qualquer estímulo aos principais sentidos do corpo, mas aumentado consideravelmente para eles.

O que fazer então para reduzir os comportamentos problemáticos do autista?


– Identificar a causa de tal comportamento: saber o que tira a criança ou adolescente do sério é o passo inicial.
– Estabeleça uma maneira de o autista se expressar, principalmente aquilo que o incomoda:  como cada um tem um comportamento específico, procure ensiná-lo como ele pode demonstrar alguma insatisfação. Seja por gestos ou até pela fala. Se conseguir induzi-lo à segunda opção, será muito bom.
– Perceba o que a criança está tentando demonstrar: um semblante mais retraído pode ser sinal de incômodo. Pergunte a ela se está tudo bem, o que ela que quer, se alguém está prejudicando-a. Importante salientar que autistas não costumam mentir e são bastante claras quando algo está ruim.
– Ensine ao autista como se expressar pela fala: o exercício de demonstrar alguma irritação pode ser feita por meio de frases prontas, como: “não estou me sentindo bem”, “estou incomodado”, “você poderia parar com isso, por favor?”.  A princípio, este método é eficaz, mas é aconselhável que se estimule a fala espontânea ao autista.
– Faça do ambiente doméstico o melhor para a criança: o lar deve oferecer todas as condições para que o autista sinta conforto e comodidade.

Com quem procurar ajuda?


As intervenções que visam ao tratamento do autismo devem ser feitos por profissionais de área multidisciplinar. Tanto o neuropediatra quanto o psicomotricista e o terapeuta ocupacional são alguns dos vários especialistas que auxiliam uma pessoa autista no alcance a uma qualidade de vida ideal.

Dica importante


Nunca é demais lembrar que a persistência de um comportamento mais agitado da criança/adolescente jamais deve ser corrigida com atitudes extremas.  O segredo é ter muita paciência, carinho e amor para ajudar o autista.

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