quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O que é TID? Vamos aprender mais!


TRANSTORNOS INVASIVOS DO DESENVOLVIMENTO: O QUE É TID?

Você por acaso já ouviu falar em Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID) e o que ele tem a ver com o autismo? Ao longo dos estudos realizados por especialistas, as categorias que estavam ligadas ao Transtorno do Espectro Autista (TEA) foram descobertas. Sendo assim, no ano de 2000, a Classificação Internacional de Doenças (CID-10) enquadrou o autismo no TID.
Este distúrbio é definido, então, como um grupo de transtornos que são caracterizados por “alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e modalidades de comunicação e por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo”, segundo artigo produzido pelo professor da Universidade Mackenzie, de São Paulo, José Salomão Schwartzman.

Como é feito o diagnóstico?

diagnóstico do TID é baseado em uma análise comportamental do indivíduo, não necessitando de um traço biológico que facilite sua caracterização. Vale lembrar que o diagnóstico também é realizado de forma clínica e baseado em prejuízos relatados.
No entanto, é verdade que se exige um acompanhamento clínico bem detalhado a fim de que haja também uma avaliação que envolva o campo linguístico e neuropsicológico, além de exames complementares (como estudos de cromossomos e neuroimagem).

Quais são as causas?

Ainda há muitos pais e profissionais que têm dúvidas sobre as causas do TID, mas de acordo com estudos feitos para o tema, estima-se que o transtorno apresenta causas neurobiológicas e pode até mesmo se manifestar de maneira isolada ou a partir de condições médicas que acompanham a pessoa desde mais tenra idade.  Veja quais são elas:
  • Infecção pré-natal (rubéola, citomegalovirus, outras);
  • Síndrome fetal alcoólica;
  • Síndrome de Down;
  • Síndrome de Williams;
  • Síndrome de Angelman;
  • Síndrome do X-frágil, entre outras.
O detalhe é que embora haja um forte indício de que o TID possa ser notado nos primeiros meses de vida, a medicina apenas trabalha com essa identificação quando a criança está próximo de 5 ou 6 anos de idade.
Vale ressaltar que, diferente do que era afirmado nas décadas de 1940, 1950 e 1960; o TID não tem origem em problemas psicológicos (sobretudo os dinâmicos). Isto, hoje, já é consenso entre os pesquisadores da área.
Além disso, há evidências de que fatores familiares podem estar diretamente ligados aos casos de TID.

É possível saber se meu filho está incluído nesse grupo?

Especialistas afirmam que quanto menos severo for a incidência do TID, mais difícil será a identificação de características que denotem o transtorno. Para esses casos, nada melhor que uma observação criteriosa dentro de casa e em outros ambientes, lembrando que a criança apresentará algum traço de comportamento que demonstre algo diferente.
Dentre os hábitos que podem ser reparados, destaca-se o apego à rotina, em que o pequeno quer fazer tudo na mesma hora, do mesmo jeito e obedecendo a determinados rituais para que uma tarefa seja feita. Além disso, o lado seletivo pode ser notado, principalmente na alimentação.
Outra característica que pode ser notada é o fato de, ao sofrerem uma queda, não demonstrarem nenhuma sensação de dor. Enquanto um toque com pouco estímulo pode levá-lo ao choro e à agitação.

Onde procurar ajuda?

Desde muito nova, a criança pode apresentar alguma característica que a diferencie das demais. A procura por uma equipe multidisciplinar pode ser a solução para que seu filho receba a intervenção necessária a fim de que tenha uma qualidade de vida muito maior.

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