quarta-feira, 14 de março de 2012

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MODALIDADES PARTICIPANTES DAS PARALIMPÍADAS ESCOLARES 2012

Guia prático              

ATLETISMO                                                                                                                                    
Atletas com deficiência física e visual, de ambos os sexos, podem praticar a modalidade. As provas são de acordo com a deficiência dos competidores, divididas entre corridas, saltos, lançamentos e arremessos. Nas provas de pista (corridas), dependendo do grau de deficiência visual do atleta, ele pode ser acompanhado por um atleta-guia, que corre ao seu lado ligado por uma cordinha. O atleta-guia tem a função de direcionar o atleta, mas não deve puxá-lo, sob pena de desclassificação. As competições seguem as regras da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), com algumas adaptações para o uso de próteses, cadeira de rodas ou guia, mas sem oferecer vantagem em relação aos seus adversários. No Brasil, a modalidade é administrada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.


BOCHA                                                                                                                             
O jogo de bocha é um jogo competitivo que pode ser praticado individualmente, em duplas ou em equipes. A partida é iniciada com um conjunto de bolas de bocha que consiste em seis bolas azuis, seis bolas vermelhas e uma bola branca. Utiliza-se como quadra (na bocha chamada como cancha) uma demarcação feita com fita adesiva em uma superfície lisa e plana.
A finalidade do jogo é aproximar ou encostar o maior número de bolas possíveis, próximo da bola branca (que é a bola alvo).
QUEM PODE JOGAR BOCHA?
O jogo foi desenvolvido para pessoas com paralisia cerebral e outros tipos de deficiência em que o aluno apresente um severo grau de comprometimento motor.

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DO JOGO DE BOCHA
Na Bocha, os alunos são separados nas seguintes classes funcionais: BC1, BC2, BC3 e BC4.
BC1 – o atleta tem paralisia cerebral com disfunção motora que afeta todo o corpo
Não é capaz de impulsionar a cadeira de rodas manual                   
Tem dificuldade de alterar a posição de sentar-se
Usa o tronco em movimentos de cabeça e braços                              
Tem dificuldade em movimentos de cabeça e braços
Não tem uso das funções das pernas                          
        
BC2 - o atleta tem paralisia cerebral com disfunção motora que afeta todo o corpo
Tem controle do tronco, mas envolvendo movimento dos membros
Tem dificuldade em movimentos isolados e regulares dos ombros
Capaz de afastar dedos e polegar, mas não rapidamente
É capaz de deslocar a cadeira de rodas com as mãos ou os pés
É capaz de ficar de pé / andar de forma muito instável
BC3 – o atleta tem paralisia cerebral ou não cerebral, ou de origem degenerativa
Tem disfunção locomotora nos quatro membros
Não apresenta força e coordenação suficientes para segurar e lançar a bola
Não apresenta força e coordenação suficientes para lançar a bola além da “linha V” em direção à quadra
BC4 – o atleta tem grave disfunção locomotora nos quatro membros, de origem degenerativa ou não cerebral
A faixa ativa dos movimentos é pequena
Demonstra pouca força ou severa falta de coordenação, combinada com o controle dinâmico do tronco deficiente
Usa a força de movimento da cabeça ou dos braços para o retorno à posição sentado após um desequilíbrio (após um lançamento)
É capaz de demonstrar destreza suficiente para manipular e lançar a bola além da “linha V” em direção à quadra. Entretanto, fica evidente o pouco controle de segurar e lançar a bola
Apresenta com freqüência um balanço tipo pendulo ao invés de arremesso com a mão por cima
É capaz de movimentar e deslocar a cadeira de rodas
Não é capaz de realizar movimentos bruscos
ATLETAS COM O DIAGNÓSTICO ELEGÍVEIS PARA A CLASSE BC4
Ataxia de Friedrich
Distrofia Muscular
Esclerose Múltipla
AVC
Lesão Medular de C5 e acima
Espinha Bífida com envolvimento da extremidade superior
Outras condições semelhantes que resultem em problemas de força e coordenação.

FUTEBOL DE CINCO (CEGOS)                                                                   
O futebol de cinco é exclusivo para cegos ou deficientes visuais. As partidas normalmente são em uma quadra de futsal adaptada, mas desde os Jogos Paralímpicos de Atenas também tem sido praticadas em campos de grama sintética. O goleiro tem visão total e não pode ter participado de competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos. Junto às linhas laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia do campo. Cada time é formado por cinco jogadores – um goleiro e quatro na linha. Diferente dos estádios com a torcida gritando, as partidas de futebol de cinco são silenciosas, em locais sem eco.
A bola tem guizos internos para que os atletas consigam localizá-la. A torcida só pode se manifestar na hora do gol. Os jogadores usam uma venda nos olhos e se tocá-la é falta. Com cinco infrações, o atleta é expulso de campo e pode ser substituído por outro jogador. Há ainda um guia, o chamador, que fica atrás do gol, para orientar os jogadores, dizendo onde devem se posicionar em campo e para onde devem chutar. O jogo tem dois tempos de 25 minutos e intervalo de 10 minutos. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Deportos de Deficientes Visuais (CBDV).


FUTEBOL DE SETE                                                                                         
O futebol de sete é praticado por atletas do sexo masculino, com paralisia cerebral, decorrente de seqüelas de traumatismo crânio-encefálico ou acidentes vasculares cerebrais. As regras são da FIFA, mas com algumas adaptações feitas pela Associação Internacional de Esporte e Recreação para Paralisados Cerebrais (CP-ISRA). O campo tem no máximo 75m x 55m, com balizas de 5m x 2m e a marca do pênalti fica a 9,20m do centro da linha de gol. Cada time tem sete jogadores (incluindo o goleiro) e cinco reservas.
A partida dura 60 minutos, divididos em dois tempos de 30, com um intervalo de 15 minutos. Não existe regra para impedimento e a cobrança lateral pode ser feita com apenas uma das mãos, rolando a bola no chão. Os jogadores pertencem às classes menos afetadas pela paralisia cerebral e não usam cadeira de rodas. No Brasil, a modalidade é administrada pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE).



GOALBALL                                                                                                       
O Goalball é uma modalidade específica para deficientes visuais.
A quadra tem as mesmas dimensões da de vôlei (9m de largura por 18m de comprimento). As partidas duram 20 minutos, com dois tempos de 10. Cada equipe conta com três jogadores titulares e três reservas. De cada lado da quadra tem um gol com nove metros de largura e 1,2 de altura. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. O arremesso deve ser rasteiro e o objetivo é balançar a rede adversária.
A bola possui um guizo em seu interior que emite sons – existem furos que permitem a passagem do som – para que os jogadores saibam sua direção. O Goalball é um esporte baseado nas percepções tátil e auditiva, por isso não pode haver barulho no ginásio durante a partida, exceto no momento entre o gol e o reinício do jogo. A bola tem 76 cm de diâmetro e pesa 1,25 kg. Sua cor é alaranjada e é mais ou menos do tamanho da de basquete. Hoje o goalball é praticado em 112 países nos cinco continentes. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Deporto para Deficientes Visuais (CBDV).



JUDÔ PARALÍMPICO                                                                                   
O Judô Paralímpico também só pode ser disputado por deficientes visuais.
Nesta modalidade os atletas deficientes visuais das classes B1, B2 e B3, competem juntos, ou seja, do atleta completamente cego até os que possuem acuidade visual parcial.
Os atletas são divididos em três classes que começam sempre com a letra B (blind, cego em inglês). Homens e mulheres têm o mesmo parâmetro de classificação.
·       B1 – Cego total: de nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direção.
·       B2 – Lutadores que já têm a percepção de vultos. Da capacidade em reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 ou campo visual inferior a 5 graus.
·       B3 – Os lutadores conseguem definir imagens. Acuidade visual de 2/60 a 6/60 ou campo visual entre 5 e 20 graus.




NATAÇÃO                                                                                                        
A modalidade abrange os três tipos de deficiência: Física, Intelectual e Visual.
Na natação, competem atletas com diversos tipos de deficiência (física e visual) em provas como dos 50m aos 400m no estilo livre, dos 50m aos 100m nos estilos peito, costas e borboleta. O medley é disputado em provas de 150m e 200m. As provas são divididas na categoria masculino e feminino, seguindo as regras do IPC Swimming, órgão responsável pela natação no Comitê Paralímpico Internacional.
As adaptações são feitas nas largadas, viradas e chegadas. Os nadadores cegos recebem um aviso do tapper, por meio de um bastão com ponta de espuma quando estão se aproximando das bordas. A largada também pode ser feita na água, no caso de atletas de classes mais baixas, que não conseguem sair do bloco.


TÊNIS DE MESA                                                                                                             
No tênis de mesa participam atletas do sexo masculino e feminino com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes. As competições são divididas entre atletas andantes e cadeirantes. Os jogos podem ser individuais, em duplas ou por equipes. As partidas consistem em uma melhor de cinco sets, sendo que cada um deles é disputado até que um dos jogadores atinja 11 pontos. Em caso de empate em 10 a 10, vence quem primeiro abrir dois pontos de vantagem.
A raquete pode ser amarrada na mão do atleta para facilitar o jogo. A instituição responsável pela modalidade é a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF). Em relação ao tênis de mesa convencional existem apenas algumas diferenças nas regras, como na hora do saque para a categoria cadeirante. No Brasil, a modalidade é organizada pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).


TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS                                                 
O único requisito para que uma pessoa possa competir em cadeira de rodas é ter sido diagnosticada uma deficiência relacionada com a locomoção, em outras palavras, deve ter total ou substancial perda funcional de uma ou mais partes extremas do corpo. Se como resultado dessa limitação funcional a pessoa for incapaz de participar de competições de tênis convencionais (para pessoas sem deficiência física), deslocando-se na quadra com velocidade adequada, estará credenciada para participar dos torneios de tênis para cadeirantes.


VOLEIBOL SENTADO                                                                                    
No voleibol sentado, competem atletas amputados, principalmente de membros inferiores (muitos são vítimas de acidentes de trânsito) e pessoas com outros tipos de deficiência locomotora (sequelas de poliomielite, por exemplo). Em relação ao convencional a quadra é menor, com dez por seis metros, e a altura da rede é inferior à da modalidade, com 1,15m do solo no masculino e 1,05m para o feminino. Os atletas jogam sentados na quadra. No voleibol paralímpico, o saque pode ser bloqueado.
A quadra se divide em zonas de ataque e defesa. É permitido o contato das pernas de jogadores de um time com os do outro, porém as mesmas não podem atrapalhar o jogo do adversário. O contato com o chão deve ser mantido em toda e qualquer ação, sendo permitido perdê-lo somente nos deslocamentos. Cada jogo é decidido em melhor de cinco sets, vencendo o time que marcar 25 pontos no set. Em caso de empate, ganha o primeiro que abrir dois pontos de vantagem. Há ainda o tie breakde 15 pontos.
O voleibol paralímpico é organizado internacionalmente pela Organização Mundial de Voleibol para Deficientes (WOVD). No Brasil, a modalidade é administrada pela Associação Brasileira de Voleibol Paralímpico (ABVP).

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