Quando nos deparamos com qualquer pessoa diferente de nós, sempre ocorre um sentimento ou sensação de estranheza.
Isso ocorre por várias razões, mas a principal delas é que aquilo que difere de nós assusta, causa alarde.
Mas o susto e o alarde diminuem, na medida em que passamos a conviver com as pessoas.
A formação da imagem visual depende de uma rede integrada, de estrutura complexa, da qual os olhos são apenas uma parte, envolvendo aspectos fisiológicos, função sensório-motora, perceptiva e psicológica.
· A capacidade de ver e de interpretar as imagens visuais depende fundamentalmente da função cerebral de receber, decodificar, selecionar, armazenar e associar essas imagens a outras experiências anteriores.
· Para ver o mundo em formas e cores é necessário que o nervo óptico e a retina estejam intactos.
· 1 – Córnea
· 2 – Íris
· 3 – Cristalino
· 4 – Esclerótica
· 5 – Coróide
· 6 – Retina
A córnea é transparente e atua como uma lente convergente, possibilitando a passagem dos raios luminosos.
A íris, o disco colorido dos olhos, é formada, na parte central, pela pupila (menina dos olhos), que controla a entrada e a quantidade do estímulo luminoso.
Cristalino, uma lente biconvexa, transparente, responsável pelo foco e nitidez da imagem.
Esclerótica (branco do olho) é a membrana mais externa do olho, é branca, fibrosa e resistente, mantém a forma do globo ocular e protege-o.
Coróide, membrana pigmentada, rica em vasos sanguíneos, responsáveis pela irrigação e pela nutrição da retina.
Retina , é formada por células foto-receptoras, os cones, responsáveis pela visão central e visão de cores, e pelos bastonetes, responsáveis pela visão periféricas e adaptação a pouca iluminação – visão noturna.
ACUIDADE VISUAL
Acuidade Visual (AV) é o grau de aptidão do olho, para discriminar os detalhes espaciais, ou seja, a capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos.
A/B
Distância que apresento (A) Distância padrão (B)
Visão Normal: 20/20
20 pés, portanto 6 m
Visão Comprometida: 20/400
O que uma pessoa vê a 400 m o DV só verá a 20 m.
Esse DV enxerga somente 10% da visão local.
“Campo Visual” refere-se a toda área que é visível com os olhos fixados em determinado ponto.
Classificação Médica
Cegueira:
Existem 66 definições diferentes de cegueira.
“Redução da acuidade visual central desde a cegueira total (nenhuma percepção de luz) até acuidade visual menor que 20/400 (que corresponde a percepção de luz e capacidade de contar dedo a 1 metro) em um ou ambos os olhos”.
Menos de 20º de visão panorâmica.
Baixa Visão:
1977 – primeira aparição do termo Visão Subnormal.
“Acuidade visual central maior que 20/400 até 20/70”.
Classificação Educacional
Cegueira:
“Alunos que apresentam perda total, ou resíduo mínimo de visão, necessitando utilizar o Sistema Braille como meio de leitura e escrita e/ou outros métodos, recursos didáticos e equipamentos especiais no seu processo ensino/aprendizagem, mesmo que a percepção de luz os auxiliem na Orientação e Mobilidade.”
Baixa Visão:
“Alunos que possuam resíduos visuais em grau que lhes permitam ler textos impressos a tinta, desde que se empregue recursos didáticos e equipamentos especiais para sua educação, excluindo as deficiências facilmente corrigidas pelo uso adequado de lentes.”
Definições:
Cegueira Congênita: perda da função visual por fator traumático, degenerativo ou patogênico até os 5 anos de idade.
Cegueira Adquirida: perda da visão por fator traumático ou patogênico após os 5 anos de idade.
Baixa Visão: perda da visão de até 20/400 com o uso do melhor recurso ótico no melhor olho.
Estatísticas:
72% dos casos de Deficiência Visual grave são de países em desenvolvimento.
75% dos casos de Deficiência Visual grave podem ser evitados.
66% dos casos de Cegueira Adquirida são por via traumática.
Patologias da Visão
Anomalias que afetam a PRESSÃO INTRA-OCULAR
Glaucoma: saída do humor aquoso.
Anomalias que afetam a MOBILIDADE OCULAR
Nistagmo: oscilação curta, rápida e involuntária do globo ocular.
Estrabismo: desvio manifesto do paralelismo dos olhos.
Anomalias que afetam o NERVO ÓPTICO
Atrofia Óptica: degeneração das fibras ópticas associadas a lesões cerebrais.
Anomalias que afetam a CÓRNEA
Ceratite: Inflamação da Córnea.
Distrofia Corneana: Alterações de curvatura hereditárias e bilaterais.
Ceratocone: Distrofia corneana caracterizada por uma Córnea abaulada. Anomalia do desenvolvimento ou hereditária associada a várias outras.
Anomalias que afetam a ÍRIS
Albinismo: Íris translúcida.
Aniridia: Ausência parcial da íris, de origem hereditária.
Anomalias que afetam o CRISTALINO
Catarata: Opacidade. Pode vir associada a outra anomalias.
Afácia Cirúrgica: Ausência total ou parcial do cristalino por intervenção cirúrgica.
Subluxação do Cristalino: Deslocamento total ou parcial do cristalino
Anomalias que afetam a RETINA
Coriorretinite: Inflamação da retina, associada à inflamação da coróide, de origem congênita ou adquirida.
Acromatopsia: Anomalia congênita, por ausência ou alteração dos cones, que se caracteriza pela cegueira total ou parcial às cores.
Degeneração Macular: Anomalia de desenvolvimento e processo degenerativo que afeta a mácula.
Desprendimento da retina.
Retinopatia Diabética: neovascularização.
Retinose Pigmentar: degeneração da camada pigmentar da retina.
ORIENTAÇÃO: habilidade do indivíduo para perceber o ambiente que o cerca, estabelecendo as relações, corporais, espaciais e temporais com esse ambiente, através do sentidos remanescentes. A orientação é alcançada pela utilização da audição, do aparelho vestibular, do tato, da consciência cinestésica, do olfato e da visão residual, nos casos de pessoas com baixa visão.
MOBILIDADE: capacidade do indivíduo de se mover, reagindo a estímulos internos ou externos, em equilíbrio estático ou dinâmico. A mobilidade do DV é alcançada por meio de um processo de ensino e aprendizagem.
- PERGUNTE SE ELE PRECISA DE AJUDA;
- DESCREVA O AMBIENTE
- GUIAR
- SENTAR
- MESA
- ÁGUA
- LOCAL ESTREITO
- ESCADA
- TER UM REFERENCIAL
- COMUNICAR (CHEGADA, SAÍDA)
- USO DA BENGALA OU DO CÃO GUIA
Cegos
São aqueles que não conseguem se ver, que decidem continuar pela vida sem olhar onde estão, ignorando a sua responsabilidade
E a importância de sua ação
No processo de construção
De sua história
Da história do outro,
Da história da sua sociedade
Fonte: BRAILLE, Belo Horizonte, v. 8, n. 1, mar. 1992. p. 54.
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