A criança autista deve estar inserida no contexto integral da escola e a instituição, por sua vez, deve respeitar suas particularidades. Mesmo que muitos profissionais de educação se veem diante de um grande desafio para lidar com alunos que precisem de uma atenção maior, devemos dizer que a própria criança é quem lidará com barreiras a serem derrubadas.
Individualidade
É importante lembrar, contudo, que o autismo dá a pessoa uma característica única. Isso significa que cada aluno terá o seu jeito de ser. Essas crianças variam de gosto cognitivo, nível intelectual, gosto maior pela escola e gosto maior pelas nuances acadêmicas. Por outro lado, há aqueles que não demonstram essa tendência.
E qual é o suporte escolar que precisa estar consolidado para a educação da criança?
– Característica do estudante com autismo:
É importante que a equipe pedagógica identifique as principais características positivas e negativas com a finalidade de trabalhar sobre tais pontos.
– Perfil da equipe de instrução:
– Quantidade e qualidade dos recursos no contexto social, curricular e institucional:
Saber sobre o uso da metodologia de ensino baseado no contexto do aluno autista e como a escola pode fazer isso pelo estudante.
O que levar em conta quanto às características do aluno com TEA?
– Alta variabilidade de comportamento, desenvolvimento, acadêmico e intelectual (levam-se em consideração fatores como hipersensibilidades, coordenação motora, comunicação, comportamento mais ameno ou agressivo, etc.);
– Essencial para tomada de decisões na escola: esse processo não depende somente do professor, mas de uma boa avaliação neuropsicológica, fonoaudiológica, neuropediátrica; avaliação psicopedagógica.
– Auxilia na sequência de estratégias ao longo do tempo: saber a intensidade de materiais ou recursos humanos que ajudarão mais ainda o desenvolvimento do autista.
Como a criança pode absorver o conteúdo?
– Através da aproximação com a criança, utilizando-se objetos e maneiras que o autista se mostra interessado;
– Por meio de um ambiente que favoreça tal fruição;
– Metodologias que torne o aprendizado muito mais proveitoso;
– Acompanhar as necessidades do autista, como a escrita, por exemplo.
Quando a criança com autismo entra para a escola, quais são as formas de avaliação que o educador precisa promover?
– Características dos
sintomas de autismo da criança: comportamentos repetitivos, interesses restritos, dificuldade de comunicação qualitativa e quantitativa, além da dificuldade de interação com os demais;
– Características associadas ao transtorno: a participação e permanência em sala de aula, cognitiva, memória de trabalho verbal, memória não verbal, percepção visual, transtornos relacionados, entre outros;
– Contexto instrucional: o perfil inclusivo da escola, preparação, padronização; como a instituição se estabelece no ensino do autista, entre outros.
Importante saber
Deve-se saber como lidar com os comportamentos inadequados, como as estereotipias, a hiperatividade, agressividade e os interesses circunscritos. Além disso, há os comportamentos deficitários que podem ser problemas de comunicação, isolamento, desinteresse por lazer e recreação.
Por último, o comportamento que se pauta no descontrole de estímulos. Este item diz respeito à desconexão entre o que ele quer, mas o contexto não pede. Ex: em vez de estudar, ele prefere brincar. É necessário que haja uma observação do educador a fim de buscar metodologias que tornem o aprendizado mais atrativo e eficaz.
Cuidados na sala de aula
– Uso de imagens de fácil assimilação;
– Promover um ambiente mais tranquilo;
-Sistemas de estímulos para que as crianças autistas não se sintam entediadas e comprometam o aprendizado;
– Suportes de comunicação que possibilitem a
interação da criança com os conteúdos e os coleguinhas de classe;
Equipe de avaliação e apoio para impulsionar o desenvolvimento do autista na escola
– Psicólogo escolar;
– Pedagogo especial;
– Fonoaudiólogo;
– Terapeuta ocupacional/ educador físico.